31 de mar. de 2012

"Walk" - Foo Fighters

“Walk”, Foo Fighters, tem uma letra um tanto explícita e fácil de ser interpretada, com um pouco de pesquisa. A canção foi escrita por Dave Grohl no meio de 2011 e critica a rotina monótona que tanta gente leva no mundo, inclusive ele, que é músico e sempre tem que comparecer em turnês e etc. Grohl associa “andar” com criar iniciativa e tentar coisas novas e, na música, diz que ele esperou por muito tempo para poder voltar a andar (“I believe I've waited long enough”) e finalmente está na hora de se libertar, fugir dessa prisão e ir explorar a vida. No refrão, é relatado que ele está “pronto para andar novamente”, pronto para tentar coisas novas, mas não sabe nem por onde começar.
No vídeo oficial podemos ver que Dave (um adulto cansado da rotina de hoje) está no trânsito, que representa a rotina citada anteriormente, e começa a perceber coisas desapontadoras, o que o deixa irritado. Ao ver tudo isso, deixa seu carro no meio do trânsito e vai embora a pé, encontrando mais e mais coisas ridículas no caminho, como gente ignorante, assaltantes e até um restaurante de Fast Food que se aproveita de propaganda enganosa, ilustrando um produto e vendendo outro. No fim, ele finalmente chega num local onde sua banda o espera. Apesar de a rotina cansativa da banda ser fazerem shows, é perceptível que tocar em si não é cansativo e pelo contrário, é prazeroso. (O videoclipe foi fortemente inspirado no filme “Falling Down”.)
Na época que Dave escreveu a canção, sua filha estava aprendendo a andar (assim inspirando-o a escolher o termo “andar”) e a primeira coisa que ele fará agora, depois da rotina de turnê após turnê, está livre novamente e quer ver sua filha, Violet. A banda em si admite que estava cansada e foi um dos principais motivos para a criação da música, relatando a vontade de voltar para suas famílias, depois de esperarem tanto.
A música não só deixa claro o cansaço da banda (principalmente de Dave, que há tempo quer ver sua filha), mas critica nossas rotinas e faz uso de um grande filme para representar o pensamento da banda.


25 de mar. de 2012

Análise: "Alegria, Alegria" - Caetano Veloso

A canção “Alegria, Alegria” de Caetano Veloso representa as ideias de um jovem na época da ditadura militar (década de 60) que, obviamente, é contra a mesma. Na canção, Caetano cita coisas marcantes de sua época, como a Coca-Cola, a viagem à lua e a censura militar da mídia, tornando fácil (não importando a época que lemos e ouvimos a música) descobrir a época em que ela foi feita.
Na primeira estrofe (no primeiro verso) percebe-se a homenagem feita a Geraldo Vandré (“Caminhando contra o vento”) e em toda a canção, a associação da vida ao sol. Caetano faz várias observações sobre sua época, se adequando ao tema da canção e criticando a situação de seu país, como visto em “Sem lenço e sem documento”, falando sobre a obrigação de ter um comprovante (uma espécie de autorização) para poder sair na rua após o toque de recolher.
Caetano sem dúvida critica a opressão feita pela ditadura militar, mas de forma cautelosa, como é possível perceber em “Caminhando contra o vento”, onde Caetano aponta o fato de ele estar indo contra este “vento” ou “corrente” que é a ditadura. Ele usa a palavra “Caminhando”, como já dito, para homenagear Vandré e sua canção “Para não dizer que não falei das flores”.


12 de mar. de 2012

Jovens Mudos

Nós jovens de hoje, sem dúvida, estamos mais acomodados e raramente precisamos lutar por algo. Na época da Ditadura Militar, a maioria foi para as ruas, marchar e protestar contra os militares, defendendo suas ideologias. Hoje, nós batalharíamos para defender o quê? Nosso direito de comer fast food? De ganhar mesada? O protagonismo está desaparecendo, a grande maioria não se importa com o seu país ou não tem ideias próprias. Não temos pelo que lutar, e se temos, acabamos por não participar. É raro algum adolescente doar seu dinheiro para uma causa ou se voluntariar para algo.
Os Estados Unidos acabam influenciando nisso, sem dúvida. Nos anos 60, 70, o mundo estava agitado com tantas ideias sendo debatidas, hoje o “American Way of Life” predomina e já virou algo mundial. Antigamente cada pessoa tinha um pensamento, escolhia uma ideia e a defendia. Agora, com esse “monopólio de ideais” dos EUA, só comemos hambúrgueres, assistimos filmes Hollywoodianos sentados no sofá e passamos dias no shopping, gastando dinheiro. Dinheiro em quê? Produtos importados, sendo a maioria da “terra do Tio Sam”.
Antigamente não tínhamos a liberdade que temos hoje. Militares espancavam jovens que iam contra suas ideias e criavam o medo de se expressar. Agora que não tememos mais, que temos a liberdade para ter nossa própria opinião e exibi-la ao mundo, fechamos nossa mente para o que a sociedade aceita. Nos conformamos ao que colocam na nossa cabeça e usamos as mesmas roupas, ouvimos as mesmas músicas e compramos as mesmas coisas, como robôs. Hoje tudo é muito mais fácil, é só seguir o tal “manual” que a sociedade apresenta e seguir com a vida. Devido a isso, quase nenhum jovem se manifesta, participa de protestos públicos ou até mesmo usufrui de sua liberdade de expressão, que não existia antigamente.